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Especialistas discutem os desafios para controlar a hanseníase no Brasil

Publicação: 28/10/2015

Começa nesta sexta, 30/10, o 8° Simpósio Brasileiro de Hansenologia, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O evento é promovido pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), entidade fundada há 68 anos, responsável pelo maior evento que debate o tema no país – o Simpósio e Congresso brasileiros – e realizadora de ações de atualização profissional, diagnóstico e atendimento de casos em várias regiões do país.

A maior preocupação da SBH é em relação ao ‘esquecimento’ da doença por parte da sociedade. “A hanseníase é uma doença cujo controle está nas mãos da sociedade. Pais, educadores, profissionais de saúde de várias áreas são as personagens que devem estar sempre atentas, pois a doença que é transmitida exclusivamente pelo contato humano e a informação é a arma mais eficaz para o controle”, explica Mardo Andrey Cipriani Frade, presidente da SBH.

“Embora os números oficiais demonstrem redução da prevalência da hanseníase no país, o contínuo e elevado número de casos novos detectados, mais de 30 mil/ano, a heterogeneidade desses índices dentre as regiões do país, o número de crianças menores de 15 anos com a doença são indicadores que nos colocam em alerta quanto à realidade endêmica no Brasil. Além disso, inserções de busca ativa de casos novos por profissionais filiados à SBH de todo o país têm demonstrado percentuais de casos novos elevados, mesmo em regiões com indiciadores de controle da endemia já alcançados há anos”, explica o presidente da SBH.

A taxa de prevalência da hanseníase no Brasil está em 1,27 casos/10 mil habitantes. No entanto, foram mais de 31 mil casos novos em 2014. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza 1 caso/10 mil habitantes para que a doença deixe de ser problema de saúde pública.

Simpósio

O 8° Simpósio Brasileiro de Hansenologia vai debater aplicações da farmacogenética, cirurgias preventivas de descompressão neural, cirurgias reparadoras, prevenção de incapacidades, alterações oftalmológicas, comprometimento da córnea, hanseníase na infância, idosos e gestantes, infecção assintomática, resistência medicamentosa, novas drogas potenciais, novidades em tratamentos, discussão de casos em neuropatia, projetos de pesquisas e estudos aplicados à hanseníase, estratégias de detecção, cuidados com o corpo, atuação da equipe multiprofissional, o papel do psicólogo, do enfermeiro, familiares e cuidadores, direitos humanos, e casos como a progressão da hanseníase no nordeste de Minas Gerais (do século XIX a XXI), ‘crianças indesejadas’ (filhos de ex-pacientes internados compulsoriamente), experiências do Rio de Janeiro e Amazonas, estudos de casos e questões sociais como o rastreamento de informações sobre familiares que foram separados de seus pais pelo isolamento compulsório aos pacientes de hanseníase no estado de São Paulo.

A SBH quer ampliar cada vez mais a abrangência dos debates. “A hanseníase deve ser discutida no âmbito da medicina, da psicologia, enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, história, sociologia, direitos humanos, educação. Temos insistido no fato de que somente o conceito destruirá o preconceito que esconde e relega a doença, que tem seu diagnóstico retardado e que agrava a situação endêmica do Brasil”, explica o médico Marco Andrey.

A SBH realiza também o Congresso Brasileiro de Hansenologia – este a cada três anos –, além do simpósio – que acontece seguidamente por dois anos. O simpósio deste ano terá 19 mesas-redondas, cursos pré-congresso de úlcera e cicatrização voltados a enfermeiros e médicos, apresentações orais, uma conferência sobre a situação da hanseníase no Brasil e uma mesa-redonda sobre os 10 melhores trabalhos apresentados ao simpósio. O presidente da SBH profere a conferência de encerramento intitulada “Diagnóstico da hanseníase: conceitos ‘simplificados’ e paradigmas ‘equivocados’?”

Sobre a SBH

A Sociedade Brasileira de Hansenologia foi fundada em 1948. É a realizadora do Simpósio Brasileiro de Hansenologia e do Congresso Brasileiro, realiza também cursos de atualização para profissionais de saúde (de várias áreas) por todo o país e promove ações de busca ativa de casos. A SBH é a responsável pela aplicação da prova teórico-prática para obtenção do certificado de área de atuação em hansenologia para médicos. As provas são realizadas a cada três anos, durante o congresso da entidade.

A entidade é presidida por Marco Andrey Cipriani Frade, dermatologista pela SBD-AMB (Sociedade Brasileira de Dermatologia-Associação Médica Brasileira) e hansenologista pela SBH-AMB, professor associado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP (FMRP-USP), coordenador de Residência Médica de Dermatologia do Hospital das Clínicas da FMRP-USP, coordenador do Centro de Referência em Dermatologia Sanitária - Hanseníase - HCFMRP-USP.

8° Simpósio Brasileiro de Hansenologia
Quando
: 30/10 a 2/11 – 8h às 18h
Local: Centro de Convenções Rebouças - Av. Rebouças, 600
Informaçõeswww.oxfordeventos.com.br/hansenologia2015

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