Diabetes e hanseníase são as maiores causadoras de feridas na pele – tema será tratado no 9° Simpósio Brasileiro de Hansenologia, em São Luis do Maranhão, de 28 a 30/11
Quem nunca ouviu a história de algum conhecido que passou ou passa longos anos tratando de alguma ferida que não cicatriza? No Brasil, as feridas representam sério problema de saúde pública. Há um número considerável de pessoas com alterações na integridade da pele e, nesses casos, as patologias que acometem o sistema nervoso periférico, como diabetes e hanseníase, destacam-se com o maior número de casos.
É possível curar as feridas. Mas, antes, é importante um diagnóstico correto sobre a natureza delas. As chamadas úlceras venosas são muito diferentes das arteriais e a forma de tratamento difere também. O erro está em não fazer o diagnóstico correto e administrar um tratamento único – o que pode levar a complicações e impossibilidade de cicatrização. “Por isso, ainda são comuns os casos de pessoas que passam uma vida carregando o problema que deveria ser cuidado com diagnóstico e tratamento corretos”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), Marco Andrey Cipriani Frade, que incluiu na agenda do 9° Simpósio da entidade, 28 a 30/11, em São Luis do Maranhão, um curso gratuito sobre úlceras e cicatrização para profissionais.
Diagnóstico
Cerca de 70% das úlceras de perna são de origem venosa – começam com as varizes, surge o edema e chega-se à ulcera. Há ainda as úlceras arteriais que também têm como causas as varizes, flebite, trombose etc., e as feridas mistas. Os cuidados com cada caso são muito diferenciados e requerem um olhar multidisciplinar, o que é crucial para o trabalho do enfermeiro.
No caso das úlceras venosas, as causas mais comuns são incompetência ou congestionamento do sistema venoso, ausência ou malformação das válvulas perfurantes e falha da bomba muscular. Já as arteriais surgem pela insuficiência de sangue enviado para pernas, devido à arteriosclerose, reduzindo suprimento de oxigênio e nutrientes para as células, dentre outros fatores.
O paciente com úlcera do tipo arterial, cuja ferida é mais profunda, de forma arredondada e relativamente pequena, não deve levantar as pernas e precisa de aquecimento dos membros inferiores com compressas ou meias, por exemplo. No caso da úlcera venosa, que apresenta feridas superficiais, grandes e de contorno irregular, a dor melhora com elevação das pernas.
O tratamento correto amplia as chances de cicatrização. “Nosso desafio é alertar o paciente sobre o risco de adoção dessas receitas populares”, alertam especialistas.
SBH
É a realizadora do Simpósio Brasileiro de Hansenologia e do Congresso Brasileiro – este acontece a cada três anos. São os maiores eventos no país que tratam especificamente do tema e atendem a uma rede de profissionais da saúde que inclui: médicos das áreas de dermatologia, infectologia, clínica médica, neurologia, ortopedia, oftalmologia, medicina da família e comunidade, medicina preventiva e social, além de profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional, assistência social, história, biomedicina e alunos de graduação. A SBH é a responsável pela aplicação da prova teórico-prática para obtenção do certificado de área de atuação em hansenologia para médicos. As provas são realizadas a cada três anos, durante o congresso da entidade.
Agenda
9° Simpósio Brasileiro de Hansenologia
Data: 28 a 30/11/2016
Realização: Sociedade Brasileira de Hansenologia
Local: Centro Pedagógico Paulo Freire - Universidade Federal do Maranhão/Cidade Universitária – São Luís do Maranhão
Endereço: Av. dos Portugueses 1966, Baganga
Informações e inscrições: www.oxfordeventos.com.br/hansenologia2016/index.php
Curso Úlcera e Cicatrização
Data: 30/11/2016
Horário: 14h às 18h
Local: Instituto Florence – Rua Rio Branco 216, Centro, S. Luis (MA)
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