PM em Ribeirão Preto adere à campanha Todos Contra a Hanseníase

Campanha educativa da Sociedade Brasileira de Hansenologia quer esclarecer a população sobre a doença – Brasil é o 2° país com mais casos de hanseníase

O Comando de Policiamento do Interior Três, da região de Ribeirão Preto (SP), aderiu à campanha “Todos Contra a Hanseníase”, da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH). O comandante Coronel PM Humberto Gouvêa Figueiredo recebeu um lote de cartilhas educativas da campanha para distribuir a todos os policiais militares da região do CPI/3. O Brasil perde apenas para a Índia em número de casos de hanseníase.

Policiais militares de 93 municípios da região já estão recebendo a cartilha educativa da campanha e tem sido realizadas palestras por oficiais médicos para esclarecimentos.

“A PM na região de Ribeirão Preto é um exemplo de como a sociedade pode participar, pois cada policial militar passa a ser um multiplicador de informações na luta para baixarmos o índice de prevalência da hanseníase no Brasil”, analisa o presidente da SBH, Marco Andrey Cipriani Frade.

O Brasil tem várias regiões hiperendêmicas, mas, segundo a SBH, basta realizar uma campanha de busca ativa de casos, que o índice de prevalência da doença se multiplica. Pelos cálculos da SBH, é possível que haja três vezes mais casos no país do que os números notificados oficialmente. O Brasil regista anualmente cerca de 30 mil casos de hanseníase, número próximo aos casos de HIV positivo e AIDS notificados anualmente.

Um dos maiores problemas da hanseníase é que, por falta de informações sobre a doença, os pacientes são diagnosticados tardiamente quando já apresentam sequelas irreversíveis. Hanseníase tem cura, mas precisa ser tratada precocemente para evitar sequelas. “Por isso, entendemos que os índices da doença no país podem ser combatidos com a informação; daí o papel estratégico dos parceiros, como a Polícia Militar, para mudar esta realidade”, alerta o presidente da SBH.

A doença

Hanseníase é transmitida por um bacilo e tem cura. O tratamento é gratuito em todo o Brasil e dura de 6 meses (para casos de pacientes com poucos bacilos) a 1 ano (pacientes com muitos bacilos). A doença se manifesta com manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele com perda ou diminuição de sensibilidade ou força para segurar objetos, por exemplo. É a doença infecciosa que mais cega. O tratamento cura totalmente, mas não reverte as sequelas.