Desde o dia 15 de novembro de 2018 está na internet um questionário da Relatoria Especial sobre a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas afetadas pela Hanseníase e seus Familiares, das Nações Unidas, para ouvir a sociedade brasileira a respeito da situação de mulheres e crianças afetadas pela hanseníase e seus familiares. A pesquisa foi lançada pela relatora especial Alice Cruz, que ocupa o cargo desde novembro de 2017.
“Meu próximo relatório temático será dedicado à situação de mulheres e crianças afetadas pela hanseníase e seus familiares, com foco no estigma e na discriminação. Estou solicitando contribuições e informações dos Estados membros e observadores, instituições nacionais de direitos humanos, agências, fundos e programas das Nações Unidas, organizações internacionais e regionais, e sociedade civil, incluindo organizações não governamentais e outros atores relevantes”, comunica Alice Cruz.
As pessoas que tiverem informações a respeito do assunto devem enviar o questionário preenchido para o e-mail srleprosy@ohchr.org até 31 de dezembro de 2018, usando o título de e-mail: Submissões ao Questionário.
“Em breve distribuirei outro questionário, em formulário eletrônico, dirigido especificamente a pessoas afetadas, familiares e cuidadores. Sua contribuição é muito valiosa para o trabalho deste mandato”, ressalta a relatora.
O presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), sociedade médica que acaba de completar 70 anos, Claudio Salgado, pede especial atenção das instituições para a iniciativa da relatora Alice Cruz. “É de suma importância a participação da sociedade civil neste trabalho. O Brasil ocupa o 2° lugar no ranking mundial da doença, ficando atrás apenas da índia. A hanseníase é uma doença curável, mas o Brasil ainda sofre pesadamente com a falta de diagnóstico e com a discriminação. Os diagnósticos tardios tiram adultos e jovens do convívio social, dos estudos e do trabalho. A falta de informação gera um ambiente inóspito e desumano contra os pacientes e seus familiares”, alerta.
Relatoria Especial
A página da Relatoria Especial sobre a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas afetadas pela Hanseníase e seus Familiares pode nas redes sociais pode ser acessada em http://bit.ly/relatoriaalicecruz . A portuguesa Alice Cruz foi nomeada em novembro/2017 pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Ela foi professora da Faculdade de Direito da Universidade Andina Simón Bolívar (Equador). Apresentou trabalho de doutorado em Sociologia sobre dimensões biossociais da hanseníase identificando, em países onde a hanseníase é uma doença endêmica negligenciada e em países onde é uma doença importada e rara, as diferentes barreiras para acesso ao diagnóstico precoce e ao atendimento de alta qualidade. Cruz participou da elaboração das Diretrizes da OMS para o Fortalecimento da Participação das Pessoas Afetadas pela Hanseníase nos Serviços de Hanseníase. Atuou como membro do Conselho da Associação Internacional de Hanseníase (2014-2016), realizou trabalho de campo em Portugal, Brasil, África do Sul, Bolívia (Estado Plurinacional) e Equador, pesquisou sobre a eliminação da hanseníase e estigma. A Relatoria Especial sobre a Eliminação da Discriminação contra as Pessoas afetadas pela Hanseníase e seus Familiares foi criada há um ano e ela é a primeira pessoa a ocupar cargo de relatora na pasta.
Questionário
O questionário também pode ser acessado em: http://bit.ly/questionariohanseniase
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