SBH faz live com especialistas para debater sobre hanseníase

No dia 22 de julho aconteceu a primeira live da SBH durante a atual pandemia, coordenada pelo representante da SBH no Nordeste brasileiro, o hansenologista Francisco Almeida. O evento contou com a apresentação de quatro hansenólogos membros da SBH e iniciou com apresentação da presidente da ONG Aliança Contra a Hanseníase, Laila de Laguiche, falando sobre a importância das ONGs no contexto atual da hanseníase no Brasil e no mundo.

O presidente da SBH, Claudio Salgado, alertou para a importância de a sociedade entender que a hanseníase não acabou e que a população precisa se informar sobre o tema. Salgado ressaltou que os números da hanseníase no Brasil e no mundo devem ser muito maiores do que os dados oficiais, podendo chegar ao patamar de 5 milhões de pessoas acometidas, o que seria um retorno aos números da década de 1980.

Em seguida, falaram a médica Rita Vidigal, que atua no Maranhão, e chamou a atenção para os efeitos colaterais da poliquimioterapia, com ênfase na necessidade da detecção desses efeitos para evitar o sofrimento dos pacientes, que muitas vezes se mantêm silenciosos acreditando se tratar de sintomas relacionados à hanseníase.

Finalmente, falou o médico infectologista e hansenólogo Márcio Gaggini sobre coinfecção HIV e hanseníase, trazendo a visão das várias lacunas que ainda existem no conhecimento das duas doenças e, em especial, da interface entre as duas, e mais, da enorme diferença existente entre todas as ferramentas disponíveis para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pessoas com HIV, em comparação ao pouco que há disponível para as pessoas atingidas pela hanseníase.

Cerca de 100 profissionais de saúde acompanharam o debate online, no limite do acesso ao ambiente virtual.

A SBH promoverá, brevemente, uma live aberta com a presença de vários especialistas.