Especialistas brasileiros e estrangeiros discutirão as últimas novidades em hanseníase
De 28 a 30 de novembro, a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), entidade que trabalha no combate e educação sobre hanseníase desde 1948, realiza a 9ª edição do Simpósio Brasileiro de Hansenologia. O evento acontecerá em São Luiz do Maranhão e receberá especialistas e estudiosos de várias áreas para tratarem das novidades sobre o tema. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial da doença – atrás da Índia – com aproximadamente 30 mil casos/ano e alto índice de crianças menores de 15 anos doentes – a hanseníase fica incubada por 8 a 10 anos e é responsável por sequelas que vão do comprometimento dos nervos à cegueira.
O Simpósio vai debater ações para diagnóstico precoce da hanseníase realizadas no passado, na atualidade e quais as perspectivas de mudanças para capacitar e atualizar profissionais da atenção básica e serviços de referência visando ao reconhecimento rápido e do maior número dos casos precoces da hanseníase.
No dia 28, o simpósio trará na abertura a mesa-redonda com o tema “Situação epidemiológica da hanseníase no Brasil: o que fizemos, fazemos e faremos?”. E segue com as mesas-redondas: “Epidemiologia e controle, pesquisa operacional”, “História e educação em saúde (hanseníase)”, “Clínica médica, cirurgia e terapêutica”, “Biologia molecular, microbiologia, imunologia e genética”, “Hanseníase em populações específicas: como abordar?”. No mesmo dia, haverá a discussão de caso com os temas “Neuropatia hansênica e seus diagnósticos diferenciais: aspectos clínicos e eletrofisiológicos” e “Prevenção de incapacidades e reabilitação”, além da conferência “Situação da hanseníase no Maranhão e no Brasil” e a palavra do presidente da SBH sobre “Ações e conquistas de nossa sociedade”.
No dia 29, haverá mesas-redondas com os temas “Metodologias e ações inovadoras aplicadas ao diagnóstico da hanseníase”, “A oftalmologia no contexto da hanseníase: do diagnóstico ao seguimento”, “Telessaúde e telemedicina: relatos de experiências em hanseníase e seus impactos”, “Epidemiologia e controle, pesquisa operacional”, “Clínica médica, cirurgia e terapêutica”, “Prevenção de incapacidades e reabilitação”, “Diagnóstico precoce e avaliação de contatos em hanseníase”, “Movimentos sociais e direitos humanos em hanseníase”, “Reações hansênicas e manejo clínico-laboratorial”, “Ações exitosas no controle da hanseníase nos grupos de Vigilância Epidemiológica do Brasil”, além de uma mesa-redonda apresentada pelo Ministério da Saúde sobre cenário e políticas públicas.
No dia 30, serão apresentados os dez melhores trabalhos, frutos de pesquisas brasileiras, submetidos ao simpósio, haverá a palestra sobre “Exame dermatoneurológico na hanseníase” e os cursos “Úlcera e cicatrização”, “Prevenção de incapacidades, educação em saúde, reabilitação cirúrgica”, além de curso específico para agentes comunitários de saúde.
Alerta
O Brasil tem um coeficiente nacional de 1,27 casos para 10 mil habitantes – o que significa que muito trabalho ainda precisa ser feito e que o diagnóstico da doença ainda não mostra a realidade brasileira. Quanto à taxa de prevalência (número de doentes em tratamento em cada 10.000 habitantes), a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza 1 caso para 10 mil habitantes para entender que a doença deixa de ser um problema em saúde.
O presidente da SBH, Marco Andrey Cipriani Frade, lembra que a hanseníase apresenta praticamente o mesmo número de casos novos por ano que HIV/AIDS, cerca de 30 mil, e alerta para a heterogeneidade dos números nas regiões do país: estados como Roraima, Pará, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Tocantins têm índices maiores que o dobro da média nacional e o Mato Grosso alcança 10,19 (aproximadamente 10 vezes a taxa brasileira).
Sobre a SBH
A Sociedade Brasileira de Hansenologia foi fundada em 1948. É a realizadora do Congresso Brasileiro de Hansenologia (realizado a cada três anos) e do Simpósio Brasileiro (que acontece por dois anos seguidos, intercalando o congresso). São os maiores eventos no país que tratam especificamente do tema e atendem a uma rede de profissionais da saúde. A SBH é a responsável pela aplicação da prova teórico-prática para obtenção do certificado de área de atuação em hansenologia para médicos. As provas são realizadas a cada três anos, durante o congresso da entidade. A SBH realiza busca ativa de casos e ações de treinamento/atualização de profissionais de saúde gratuitamente em todo o Brasil.
Agenda
9° Simpósio Brasileiro de Hansenologia
Data: 28 a 30/11/2016
Realização: Sociedade Brasileira de Hansenologia
Local: Centro Pedagógico Paulo Freire - Universidade Federal do Maranhão/Cidade Universitária
Endereço: Av. dos Portugueses 1966, Baganga
Informações e inscrições: www.oxfordeventos.com.br/hansenologia2016/index.php
Universidade Federal do Maranhão, Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo apoiam o evento.
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