A Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) e a Secretaria Municipal de Saúde de Jardinópolis fazem busca ativa para levantamento de casos de hanseníase na cidade nesta terça-feira, 24/11, e quarta-feira, 25.
Médicos da SBH, fisioterapeutas e médicos do município de Jardinópolis, profissionais do Centro de Referência em Dermatologia Sanitária - Hanseníase - HCFMRP-USP e residentes da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, estarão na cidade nos dois dias, das 8h30 às 17h. Eles estarão atendendo na praça central de Jardinópolis em uma carreta-consultório cedida pela Novartis.
Sobre a Carreta Novartis
Em 2009, a Novartis desenvolveu o Projeto Carreta de Saúde que percorre as regiões mais afetadas, no Brasil, pela hanseníase. A carreta é um centro de saúde móvel para atendimento gratuito. Além da realização de exames médicos gratuitos, as pessoas atendidas são orientadas sobre métodos de prevenção, controle e sobre a importância do cumprimento das orientações de tratamento. O projeto é desenvolvido com o Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde, Secretarias Municipais de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS). Ao longo de sua história, o projeto já beneficiou mais de 23 mil pessoas em 20 estados.
Hanseníase
O Brasil é um dos últimos países do planeta a conviver com a hanseníase. São 30 mil casos novos registrados por ano. Os dois países que estão nos primeiros lugares em número de casos – Índia e, em segundo lugar, Brasil – lutam contra a desinformação. A Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), com sede em Ribeirão Preto, trabalha em várias frentes para combater a doença desde 1947.
O paciente em tratamento não transmite mais a hanseníase a seus comunicantes. A doença é transmitida por um bacilo, por vias aéreas. O diagnóstico precoce pode evitar complicações e incapacidades. A doença afeta pele, levando à perda de sensibilidade ao tato, dor e calor que pode gerar queimaduras e feridas (no Brasil, as feridas são consideradas problema de saúde pública), afeta nervos e, consequentemente, os movimentos. Hanseníase é a doença que mais cega no mundo. Casos suspeitos devem ser encaminhados às unidades básicas de saúde. A doença pode acometer o indivíduo em qualquer idade. A SBH e o Ministério da Saúde têm alertado para o grande número de novos casos em menores de 15 anos, o que indica contato da criança com provável doente dentro de seu domicílio ou na escola.
Tratamento
O tratamento é feito pelo sistema público de saúde; ou seja, é gratuito. O paciente recebe a medicação por via oral.
Prevalência da doença
Mesmo sendo uma doença característica de populações economicamente desfavorecidas, municípios com alto índice de IDH, apresentam índices endêmicos. A Organização Mundial de Saúde considera a hanseníase controlada quando o índice de prevalência da doença é de 1 caso para cada 10 mil habitantes. No Brasil, este índice é de 1,27. Em Ribeirão Preto é 1,65. Mais de 90% dos casos de hanseníase das Américas estão no Brasil.
SBH
Desde 1948, a SBH trabalha para erradicar a doença no Brasil. A entidade é a realizadora do Simpósio Brasileiro de Hansenologia e do Congresso Brasileiro – os maiores eventos no país que tratam especificamente do tema e atendem a uma rede de profissionais da saúde que inclui: médicos das áreas de dermatologia, infectologia, clínica médica, neurologia, ortopedia, oftalmologia, medicina da família e comunidade, medicina preventiva e social, além de profissionais de fisioterapia, terapia ocupacional, assistência social, história, biomedicina e alunos de graduação. A SBH é a responsável pela aplicação da prova teórico-prática para obtenção do certificado de área de atuação em hansenologia para médicos. Promove ações de treinamento e atualização de profissionais em várias cidades do país. Nessas ações, atende à população, fazendo busca ativa de casos. Os hansenologistas vão a campo, em comunidades desfavorecidas no interior do Brasil, numa peregrinação a aldeias, vilarejos, lugares esquecidos, onde a informação não chega. A SBH apela para que a população seja esclarecida e que o tema volte ao debate a fim de que o país alcance o controle da doença.
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