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CONSENSOS SBH

O consenso médico é um documento aprovado por um corpo de especialistas em consenso e validado por organização médica, baseado em evidências científicas e experiência de especialistas, aceito como norteador técnico pela comunidade médica e serviços de saúde públicos e privados.

Nesse Janeiro Roxo, é com grande satisfação à Sociedade Brasileira de Hansenologia convidamos nossos sócios para participar das reuniões virtuais para discussão dos consensos da SBH, que acontecerão nos dias 29, 30 e 31 de janeiro de 2024, conforme o cronograma abaixo.

1) Consenso sobre exames laboratoriais específicos e acurácia diagnóstica na hanseníase (baciloscopia/qPCR-DNA/RT-PCR-RNA). Dia 29 de janeiro de 2024, 17 às 20h.

2) Consenso sobre espessamento neural na hanseníase e ultrassonografia de nervos periféricos. Dia 30 de janeiro de 2024, 17 às 20h.

3) Consenso sobre tratamento, falência terapêutica, resistência e recidiva em hanseníase. Dia 31 de janeiro de 2024, 17 às 20h.

As comissões disponibilizarão os documentos preliminares 48h antes das reuniões que serão realizadas pela plataforma Google Meet com link de acesso enviados por e-mail aos sócios quites com as atribuições societárias.

Essas reuniões são uma oportunidade única de trocar experiências, atualizar conhecimentos e contribuir para o avanço da hansenologia no Brasil. Contamos com a sua presença e participação ativa nas discussões.

A Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) reunirá mais de uma centena de especialistas para estabelecer os Consensos sobre Hansenologia da SBH no Brasil, país que tem a maior taxa de detecção de hanseníase (casos novos em tratamento a cada grupo de 100 mil habitantes) no mundo e concentra mais de 90% dos casos diagnosticados nas Américas. O Consenso SBH sairá de uma vasta revisão bibliográfica sobre os temas e após os debates que acontecerão nos dias 29, 30 e 31 de janeiro, de forma virtual.

Segundo o presidente da SBH, dermatologista e hansenologista Marco Andrey Cipriani Frade, os consensos da SBH objetivam padronizar as condutas para os diferentes casos e manifestações da doença, auxiliar tecnicamente os profissionais e serviços de saúde no diagnóstico da hanseníase em suas várias formas de apresentação clínica, esclarecer sobre exames complementares mais modernos e sobre tratamentos e drogas substitutivas para casos de reações às drogas disponíveis ou de não resposta clínica ao tratamento convencional, objetivando o diagnóstico e o tratamento cada vez mais oportunos para os pacientes evitando as sequelas incapacitantes da doença

No Brasil e no mundo, o diagnóstico da hanseníase é tardio, quando a doença, que é primariamente neural, já se manifesta na pele. Nos estágios iniciais, o paciente sente formigamentos e fisgadas pelo corpo, podendo estar associadas a outros sinais e sintomas, como dores, febre etc. Nos estágios mais adiantados, o doente pode apresentar manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com perda de pelos nessas regiões e alterações de sensibilidade ao tato, à dor e ao calor, podendo chegar à sua perda completa. O diagnóstico é clínico e o médico avalia o quadro geral do paciente.

O bacilo afeta os nervos causando inflamação. O paciente pode evoluir com “mãos em garra” ou "pé caído", tendo dificuldades de escrever, segurar panelas, andar de chinelos, tropeços frequentes (sinais confundidos com os de doenças como artrite ou artrose, fibromialgia, trombose e várias outras). O paciente convive com a hanseníase por vários anos, passa por vários serviços de saúde e a doença não é percebida.

Na grande maioria das vezes, o paciente chega com relato de dores no corpo, formigamento ou dormência nos pés ou braços. As manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele e que já apresentam diminuição de sensibilidade ao frio, ao calor, ao toque ou mesmo à dor muitas vezes são tratadas como alergia, micose etc. As dores podem ser confundidas com fibromialgia, estresse e até infarto. Até os nódulos, quando surgem no rosto, são confundidos com acne tardia. “Porém, aspectos importantes da manifestação da hanseníase como, por exemplo, nervos espessados, ausência de pelo e suor em manchas pelo corpo são um alerta importante para a doença”, ressalta o presidente da SBH.

Segundo a SBH, os Consensos serão um diferencial na estratégia de enfrentamento à endemia no país rumo ao controle da doença. A quebra da cadeia de transmissão do Bacilo de Hansen, por meio do aumento de diagnóstico e tratamento de pacientes, é fundamental para o controle.

O diagnóstico da hanseníase é clínico, mas pouco se fala e se dedica à doença nas universidades brasileiras atualmente, mesmo sendo o Brasil país endêmico para a doença segundo a OMS. “O médico sai da faculdade sem saber diagnosticar e, se suspeita da hanseníase, não tem segurança para dar o diagnóstico, o que é grave num país que só perde para a Índia em números absolutos de casos de hanseníase”, ressalta Frade, que também é coordenador do Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária com Ênfase em Hanseníase do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP.

Acesse os protocolos

1) Consenso sobre exames laboratoriais específicos e acurácia diagnóstica na hanseníase (baciloscopia/qPCR-DNA/RT-PCR-RNA). 

2) Consenso sobre espessamento neural na hanseníase e ultrassonografia de nervos periféricos. 

3) Consenso sobre tratamento, falência terapêutica, resistência e recidiva em hanseníase.